Um Olhar sobre a Pós-Graduação: Ansiedade e Autoeficácia nos Cursos Stricto Sensu de Ciências Contábeis

Autores

  • WEVERTON EUGENIO COELHO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
  • Eduardo Mendes do Nascimento UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
  • Jacqueline Veneroso Alves da Cunha UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
  • Edgard Bruno Cornacchione Junior

DOI:

https://doi.org/10.17524/repec.v16i2.2536

Palavras-chave:

Autoeficácia, Ansiedade, Stricto Sensu¸ Ciências Contábeis, IDATE

Resumo

Resumo

Objetivo: O objetivo geral desse estudo foi buscar evidências que permitissem analisar como ocorre a relação entre as variáveis ansiedade e autoeficácia dos estudantes dos cursos stricto sensu de Ciências Contábeis.

Método: Foi realizado um Survey interseccional utilizando a Escala de Autoeficácia Geral Percebida e o State-Trait Anxiety Inventory (IDATE) em uma amostra composta por 322 estudantes de todos os programas stricto sensu de Ciências Contábeis do Brasil. A análise foi quantitativa com o emprego de testes estatísticos correlacionais.

Resultados: Contatou-se que a percepção de autoeficácia influência no desempenho dos discentes embora não haja distinção no nível de autoeficácia entre os gêneros, demonstrando que a percepção e autoeficácia independe do gênero. Os resultados também mostraram que a ansiedade dos estudantes esta correlacionada negativa e significativamente com a autoeficácia. Por fim, os discentes da pós-graduação stricto sensu do gênero feminino apresentam escores de ansiedade traço estatisticamente maiores do que os discentes do gênero masculino.

Contribuições:  O estudo contribuiu ao evidenciar essas variáveis e o papel da autoeficácia como ferramenta moderadora da ansiedade. Essa informação pode contribuir para que se delineie estratégias de intervenção que maximizem o potencial acadêmico, científico e profissional desse tipo de formação acadêmica.

Referências

Andrade, L., Gorenstein, C., Viera Filho, A. H., Tung, T. C., & Artes, R. (2001). Psychometric properties of the Portuguese version of the State-Trait Anxiety Inventory applied to college students : factor analysis and relation to the Beck Depression Inventory. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 34(3), 367–374.
Auerbach, S. M. (1971). An investigation of the Effects of Surgery-Induced Stress on State and Trait Anxiety. Florida State Universit.
Bandura, A. (1977). Self-efficacy: Toward a unifying theory of behavioral change. Psychological Review, 84(2), 191–215 ST–Self–efficacy: Toward a unifying the. https://doi.org/10.1037/0033-295x.84.2.191
Bandura, A. (1989). Human agency in social cognitive theory. The American Psychologist, 44(9), 1175–1184. https://doi.org/10.1037/0003-066x.44.9.1175
Bandura, A. (2001). Social Cognitive Theory: An Angentic Perspective. Annual Review of Psychology, 52(1), 1–26. https://doi.org/10.1146/annurev.psych.52.1.1
Bandura, A. (2006). Toward a psychology of human agency. Perspectives on Psychological Science, Washington, 1(2), 164–180. https://doi.org/10.1111/j.1745-6916.2006.00011.x
Bandura, A., & Cervone, D. (1983). Self-evaluation and self-efficacy mechanisms governing the motivational effects of goal systems. Journal of Personality and Social Psychology, 45(5), 1017–1028.
Beiter, R., Nash, R., McCrady, M., Rhoades, D., Linscomb, M., Clarahan, M., & Sammut, S. (2015). The prevalence and correlates of depression, anxiety, and stress in a sample of college students. Journal of Affective Disorders, 173, 90–96. https://doi.org/10.1016/j.jad.2014.10.054
Betz, N. E. (1978). Prevalence, distribution, and correlates of math anxiety in college students. Journal of Counseling Psychology, 25(5), 441–448. https://doi.org/10.1037/0022-0167.25.5.441
Biaggio, A. M. B., Natalício, L., & Spielberger, C. D. (1977). Desenvolvimento da forma experimental em português do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) de Spielberger. Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplicada, 29(3), 31–44.
Borine, M. S. (2011). Ansiedade, neuroticismo e suporte familiar: Evidência de validade do Inventário De Ansiedade Traço-Estado (IDATE). Universidade São Francisco. Retrieved from http://medcontent.metapress.com/index/A65RM03P4874243N.pdf%5Cnhttp://dsv.usf.edu.br/galeria/getImage/427/606054467274901.pdf
Brasil. (1965). Lei 4.481-1. Dispõe sobre o Estatudo do Magistério Superior. Brasilia. Retrieved from http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L4881A.htm
Brasil. (1996). Lei 9.394 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasilia.
Byrne, M., Flood, B., & Griffin, J. (2014). Measuring the Academic Self-Efficacy of First-year Accounting Students. Accounting Education, 23(5), 407–423. https://doi.org/10.1080/09639284.2014.931240
Castillo, A., Recondo, R., Asbahr, F. R., & Manfro, G. (2000). Transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria (Supl II), 22(m), 20–25. https://doi.org/10.1590/S1516-44462000000600006
Clark, D. A., & Beck, A. T. (2012). Terapia Cognitiva para os Transtornos de Ansiedade. Porto Alegre: Artmed.
Coarchione Junior, E. B. (2004). Tecnologia da Educação e Cursos de Ciências Contábeis : Modelos Colaborativos Virtuais. Universidade de São Paulo.
Conselho de Educação Superior. (1965). Parecer no 977/65. Definição Dos Cursos De Pós-Graduação Necessidade Da Pós-Graduação.
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. (2016). Relatório Sucupira dos cursos de pós-graduação stricto sensu no Brasil 2013-2016. Retrieved from https://dadosabertos.capes.gov.br/dataset/cursos-da-pos-graduacao-stricto-sensu-do-brasil-de-2013-a-2015
Costa, E. R. da. (2001). As estratégias de aprendizagem e a ansiedade de alunos do ensino fundamental: implicações para a prática educacional. Universidade Estadual de Campinas.
Cunha, J. V. A. da, Cornachione Junior, E. B., & Martins, G. de A. (2010). Mestres em Ciências Contábeis: uma análise sob a ótica da teoria do capital humano. Revista de Administração ContemporâNea, 14(3), 532–557. Retrieved from http://repec.org.br/index.php/repec/article/view/65%5Cnhttp://repec.org.br/index.php/repec/article/download/65/55
Dobarro, V. R. (2007). Solução de problemas e tipos de mente matemática:Relações com as atitudes e crenças de auto-eficácia. Universidade Estadual de Campinas.
Evans, T. M., Bira, L., Gastelum, J. B., Weiss, L. T., & Vanderford, N. L. (2018). Evidence for a mental health crisis in graduate education. Nature Biotechnology, 36(3), 282–284. https://doi.org/10.1038/nbt.4089
Fernandes, M. G., Vasconcelos-Raposo, J., & Fernandes, H. M. (2012). Relação entre orientações motivacionais, ansiedade e autoconfiança, e bem-estar subjetivo em atletas brasileiros. Motricidade, 8(3), 4–18. https://doi.org/10.6063/motricidade.8(3).1152
Fioravanti, A. C. M. (2006). Propriedades Psicométricas do Inventário de Ansiedade Traço-Estado ( IDATE ) A. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Freire, P. (1983). Educação e mudança (12th ed.). Rio de Janeiro: Editora Paz e terra.
Hall, B. (1969). Anxiety, stress, task difficulty and achievement via programmed instruction. Florida State UniversitY.
Hodges, W. F. (1967). The effects of success, threat of shock, and failure on anxiety. Doctoral dissertation. Vanderbilt UniversitY.
Hodges, W. F., & Felling, J. P. (1970). Types of stressful situations and their relation to trait anxiety and sex. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 34, 333–337.
Iqbal, S., Gupta, S., & Venkatarao, E. (2018). Stress , anxiety & depression among medical undergraduate students & their socio-demographic correlates. Indian Journal of Medical Research, 141(3), 354–357.
Iudícibus, S. de, Martins, E., & Carvalho, L. N. (2005). Contabilidade: Aspectos relevantes da epopéia de sua evolução. Revista Contabilidade & Finanças, 38, 7–19.
Judge, T. A., Jackson, C. L., Shaw, J. C., Scott, B. A., & Rich, B. L. (2007). Self-efficacy and work-related performance: The integral role of individual differences. Journal of Applied Psychology, 92(1), 107–127.
Lent, R. W., Brown, S. D., & Larkin, K. C. (1984). Relation of Self-Efficacy Expectations To Academic-Achievement and Persistence. Journal of Counseling Psychology, 31(3), 356–362. https://doi.org/10.1037/0022-0167.31.3.356
Levecque, K., Anseel, F., De Beuckelaer, A., Van der Heyden, J., & Gisle, L. (2017). Work organization and mental health problems in PhD students. Research Policy, 46(4), 868–879. https://doi.org/10.1016/j.respol.2017.02.008
Lewinsohn, P. M., Gotlib, I. H., Lewinsohn, M., Seeley, J. R., & Allen, N. B. (1998). Gender Differences in Anxiety Disorders and Anxiety Symptoms in Adolescents. Journal of Abnormal Psychology, 107(I), 109–117. https://doi.org/10.1037//0021-843X.107.1.109
Lopes, H. L. (2017). Suporte social no trabalho e Autoeficácia como preditores da qualidade de vida profissional em bombeiros militares. Universidade Estadual da Paraíba.
Luszczynska, A., Scholz, U., & Schwarzer, R. (2005). The general self-efficacy scale: Multicultural validation studies. Journal of Psychology: Interdisciplinary and Applied, 139(5), 439–457. https://doi.org/10.3200/JRLP.139.5.439-457
Martin, J. J., & Gill, D. L. (1991). The relationships among competitive orientation, sport-confidence, self-efficacy, anxiety, and performance. Journal of Sport and Exercise Psychology, 13(2), 149–159.
Medeiros, P. C., Loureiro, S. R., Linhares, M. B. M., & Marturano, E. M. (2000). A auto-eficácia e os aspectos comportamentais de crianças com dificuldade de aprendizagem. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13(3), 327–336. https://doi.org/10.1590/S0102-79722000000300002
Moritz, S. E., Feltz, D. L., Fahrbach, K. R., & Mach, D. E. (2000). The relation of self-efficacy measures to sport performance: A meta-analytic review. Research Quarterly for Exercise and Sport, 71(3), 280–294.
Neiva, J. F. de O. (2010). Estabelecimento de metas e ansiedade traço na aquisição de habilidades motoras. Universidade de São Paulo.
Nogueira, C., & Mesquita, A. P. (1992). Auto eficacia e ansiedade: aplicações na consulta psicológica. Jornal de Psicologia, 10(3), 16–22.
O’Neil, H. F., Spielberger, C. D., & Hansen, D. N. (1969). The effects of state-anxiety and task difficulty on computer-assisted learning. Journal of Educational Psychology, 60, 343–350.
Pajares, F. (1996). Self-Efficacy Beliefs in Academic Settings. Review of Educational Research, 66(4), 543–578. https://doi.org/10.3102/00346543066004543
Peleias, I. R., Segreti, J. B., Da Silva, G. P., & Chirotto, A. R. (2007). Evolução do Ensino da Contabilidade no Brasil: Uma análise histórica. Resvista Contabilidade e Finanças, 18(spe), 19–32.
Reis, C. F., Miranda, G. J., & Freitas, S. C. (2017). Ansiedade e desempenho acadêmico : Um estudo com alunos de Ciências Contábeis. Advances in Scientic and Applied Accouting, 10(3), 319–333.
Scholz, U., Gutiérrez Doña, B., Sud, S., & Schwarzer, R. (2002). Is General Self-Efficacy a Universal Construct?1. European Journal of Psychological Assessment, 18(3), 242–251. https://doi.org/10.1027//1015-5759.18.3.242
Schunk, D. H. (1991). Self-efficacy and Academic Achievement. Sociological Perspectives, 26(3 & 4), 207–231. https://doi.org/10.1177/0731121416629993
Schunk, D. H., & Pajares, F. (2001). The development of academic Self-Efficacy. In A. Wigfield & J. S. Eccles (Eds.), Development of achievement motivation (7th ed.). San Diego: Academic Press.
Schwarzer, R., Bäßler, J., Kwiatek, P., Schröder, K., & Zhang, J. X. (1997). The assessment of optimistic self-beliefs: Comparison of the German, Spanish, and Chinese versions of the general self-efficacy scale. Applied Psychology, 46(1), 69–88. https://doi.org/10.1111/j.1464-0597.1997.tb01096.x
Schwarzer, R., & Jerusalem, M. (1995). Generalized Self-Efficacy scale. In Measures in health psychology: A user’s portfolio. Causal and control beliefs. Windsor, UK: NFER-NELSON.
Serpa, A. L. de O. (2012). Autoeficácia , autoconceito e ansiedade em uma avaliação em larga escala e sua relação com o desempenho escolar, 81.
Simil, A. de S. (2016). A confiança como fator de influência da percepção de justiça no ambiente de aprendizagem. Universidade Federal de Minas Gerais.
Simon, A., & Thomas, A. (1983). Test data for the State-Trait Anxiety Inventory for British Further Education, Certificate of Education and B.Ed. students. Personality and Individual Differences, 4(2), 199–200. https://doi.org/10.1016/0191-8869(83)90020-X
Soares, A. J. (1995). O Papel da Educação no Pensamento Político de Platão. Universidade Estadual de Campinas.
Spielberger, C. D. (1972). Anxiety: Current Trends in Theory and Research. Anxiety as an Emotional State, 250. https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004
Spielberger, C. D., & Gorsuch, R. L. (1966). Mediating processes in verbal conditioning. Report to National Institute of Mental Health.
Spielberger, C. D., Gorsuch, R. L., & Lushene, R. E. (1970). Manual for the state-trait anxiety inventory.
Stajkovic, A. D., & Luthans, F. (1998). Self-efficacy and work-related performance: A meta-analysis. Psychological Bulletin, 124(2), 240–261.
Teixeira, J., Dias, A., & Dell’Aglio, D. (2012). Propriedades Psicométricas da Escala de Autoeficácia Geral Percebida (EAGP). Psico, 43(7), 139–146. https://doi.org/10.1111/j.1746-1561.2005.00034.x
Weiner, I. B., & Craighead, W. E. (2009). The Corsini Encyclopedia of Psychology (3rd ed.). John Wiley & Sons Inc.
Werthein, J., & Da Cunha, C. (2005). da Nova Educação (Vol. 5). Brasilia: UNESCO.

Publicado

21-09-2022

Como Citar

EUGENIO COELHO, W., Mendes do Nascimento, E., Veneroso Alves da Cunha, J., & Bruno Cornacchione Junior, E. (2022). Um Olhar sobre a Pós-Graduação: Ansiedade e Autoeficácia nos Cursos Stricto Sensu de Ciências Contábeis. Revista De Educação E Pesquisa Em Contabilidade (REPeC), 16(2). https://doi.org/10.17524/repec.v16i2.2536

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)