Adoção de estratégias de aprendizagem por ingressantes de Ciências Contábeis de uma IES Pública de Minas Gerais

Autores

  • Moara Hirt Universidade Federal de Uberlândia
  • Edvalda Araujo Leal Universidade Federal de Uberlândia/ Faculdade de Ciências Contábeis
  • Taís Duarte Silva
  • Isolfi Vieira Rocha Neto

DOI:

https://doi.org/10.17524/repec.v15i4.2962

Palavras-chave:

Estratégias de Aprendizagem, Processo Ensino-Aprendizagem, Ingressantes.

Resumo

Objetivo: Identificar quais estratégias de aprendizagem são utilizadas pelos ingressantes universitários do curso de Ciências Contábeis e qual a percepção deles quanto ao seu uso. As estratégias podem ser classificadas em cognitivas, metacognitivas e ausências de estratégias.
Método: A coleta de dados foi realizada durante oficinas de estratégias de aprendizagem oferecidas aos ingressantes do curso de Ciências Contábeis de uma Instituição de Ensino Superior (IES) pública. Foram aplicados questionários com base na proposta de Boruchovitch et al. (2006) e realizados grupos focais. O estudo foi composto por 132 estudantes que responderam ao questionário, desses 26 também participaram dos grupos focais.

Resultados: De modo geral, percebeu-se o predomínio da adoção de estratégias de aprendizagem metacognitivas, o que indica que os alunos têm consciência que o ato de estudar está relacionado com o bom desempenho e que distrações durante os estudos podem impactar a aprendizagem. Por fim, notou- se também que, o professor exerce alguma influência no desenvolvimento acadêmico, já que os discentes acreditam que o professor possui mais experiência e pode auxiliá-los no processo de aprendizagem. Contribuições: O estudo traz contribuições ao evidenciar a percepção dos discentes que estão ingressando no ensino superior quanto ao processo de ensino-aprendizagem e denota a importância do uso de estratégias, a qual pode ser incentivada pelos docentes.

Biografia do Autor

Edvalda Araujo Leal, Universidade Federal de Uberlândia/ Faculdade de Ciências Contábeis

Dra em Administração

Referências

Abdullah, M. F. N. L., Ghani, S. A., Ahmad, C. N. C, & Yahaya, A. (2015). Students’ Discourse in Learning Mathematics with Self-Regulating Strategies. Procedia Social and Behavioral Sciences, 191, 2188-2194.

Araújo, M. A. S., Santos, B. B., & Alves, M. H. (2019). O uso do telefone celular em sala de aula: percepção dos acadêmicos de Biologia, Campus Ministro Reis Velloso da UFPI (Brasil). Espacios, 40(17).

Ballantine, J. A., Duff, A., & Larres, P. M. (2008). Accounting and business students’ approaches to learning: a longitudinal study. Journal of Accounting Education, 26(4), 188–201.

Bardin. L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Editora Edições 70.

Boruchovitch, E. (1994). As variáveis psicológicas e o processo de aprendizagem: Uma contribuição. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 10(1), 129-139.

Boruchovitch, E. (1999). Estratégias de aprendizagem e desempenho escolar: considerações para a prática educacional. Psicologia: Reflexão e Crítica, 12(2).

Boruchovitch, E., & Santos, A. A. A. dos. (2015). PsychometricStudiesofthe Learning StrategiesScale for UniversityStudents. Paideia (Ribeirão Preto), 25(60), 19-27.

Boruchovitch, E., Santos, A. A. A., Costa, E. R., Neves, E. R. C., Primi, R., & Guimarães, S. E. R. (2006). A construção de uma escala de estratégias de aprendizagem para alunos do ensino fundamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22(3), 297-304.

Caplan, S. (1990). Usingfocusgroupmethodology for ergonomic design. Ergonomics, 33(5), 527-33.

Casanova, A. M.A., Aráujo, A. M. & Almeida, L.S. (2020). Dificuldades na adaptação académica dos estudantes do 1º ano do Ensino Superior. Revista E-Psi, 9 (1), 165-181.

Castro, J. X., Miranda, G. J., & Leal, E. A. (2016). Estratégias de Aprendizagem dos estudantes motivados. Advances in Scientific and Applied Accounting, 9(1), 80-97.

Cervo, A. L., & Bervian, P. A. (1996). Metodologia científica (4a ed.). São Paulo: Makron.

Daciê, F. do P. & Anzilago, M. (2019). Efeito da Motivação dos Acadêmicos de Ciências Contábeis sobre As Estratégias de Aprendizagem Adotadas por Eles: estudar ou compreender? Revista Mineira de Contabilidade, 20(3), 90-104.

Dembo, M. H. (1994). Applying educational psychology (5th ed.). New York: Longman Publishing Group.

Freire, L. G. L. (2009). Auto-regulação da aprendizagem. Ciências & Cognição, 14(2), 276-286.

García-Pérez, D., Fraile, J., & Panadero, E. (2021). Learning strategies and self-regulation in context: How higher education students approach different courses, assessments, and challenges. European Journal of Psychology of Education, 36(2), 533-550.

Hall, M., Ramsay, A., & Raven, J. (2004). Changing the learning environment to promote deep learning approaches in first-year accounting students. Accounting Education: an International Journal, 13(4), 489-505.

Lima Filho, R. N., Lima, G. A. S. F. D., & Bruni, A. L. (2015). Aprendizagem Autorregulada em Contabilidade: Diagnósticos, Dimensões e Explicações. Brazilian Business Review, 12(1), 38-56.

Malaquias, R. F. (2013). Alunos e egressos da FACIC/UFU: um panorama. Revista comemorativa do jubileu de ouro da Facic “50 anos do curso de ciências contábeis”, Uberlândia, 21-28.

Mateus, M. C., & Brito, G. S. (2011). Celulares, smartphones e tablets na sala de aula: complicações ou contribuições. Artigo apresentado no 10 º Congresso Nacional em Educação (EDUCERE), Curitiba, PR.

Monteiro, S., Vasconcelos, R., & Almeida, L. S. (2005). Rendimento acadêmico: influência dos métodos de estudo. Artigo apresentado no 8º Congresso Galaico-Português de Psicopedagogia, Braga, Portugal.

Morozini, J. F., Cambruzzi, D., & Longo, L. (2007). Fatores que influenciam o processo de ensino aprendizagem no curso de ciências contábeis do ponto de vista acadêmico. Capital Científico, 5(1).

Oliveira, K. L. D., Boruchovitch, E., & Santos, A. A. A. D. (2009). Estratégias de Aprendizagem e Desempenho Acadêmico: Evidências de Validade. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 25(4), 531-536.

Panadero, E., & Alonso Tapia, J. (2014). How do Students Self-Regulate? Review of Zimmerman’s Cyclical Model of Self-Regulated Learning. Anales de psicologia, 30(2), 450-462.

Ribeiro, C. (2003). Metacognição: Um Apoio ao Processo de Aprendizagem. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16(1), 109-116.

Simão, A. M. da V., & Frison, L. M. B. (2013). Autorregulação da aprendizagem: abordagens teóricas e desafios para as práticas em contextos educativos. Cadernos de Educação, (45), 02-20.

Silva, T. B. de J. & Biavatti, V. T. (2018). Estratégia metacognitiva de aprendizagem autorregulada, percepção docente sobre a aprendizagem e métodos educacionais em contabilidade. Revista Contemporânea de Contabilidade, 15(37), 3-33.

Souza, L. F. N. I. D. (2010). Estratégias de aprendizagem e fatores motivacionais relacionados. Educar, 26(36), 95-107.

Vasconcelos, Y. L., & Araújo, R. H. M. D. (2017). Emprego da técnica de mapas conceituais em disciplinas de contabilidade com abordagem gerencial. Ambiente Contábil, 9(1), 117-143.

Vaughn, S., Schumm, J. S., & Sinagub, J. (1996). Focus group interviews in education and psychology. Thousand Oaks, CA: SagePublications.

Waterkemper, R, & Prado, M. L. D. (2011). Estratégias de ensino-aprendizagem em cursos de graduação em enfermagem. Avances en Enfermería, 29(2), 234-246.

Weinstein, C. E., Acee, T. W., & Jung, J. (2011). Self regulation and learning strategies. New Directions for Teaching and Learning, 16.

Publicado

28-12-2021

Como Citar

Hirt, M. S., Leal, E. A., Silva, T. D., & Rocha Neto, I. V. (2021). Adoção de estratégias de aprendizagem por ingressantes de Ciências Contábeis de uma IES Pública de Minas Gerais. Revista De Educação E Pesquisa Em Contabilidade (REPeC), 15(4). https://doi.org/10.17524/repec.v15i4.2962

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)