Objetivos e Desempenho da Cooperação Interfirmas Efeitos das Práticas de Gestão da Cooperação e do Escopo de Transação

Autores

  • Jessica Giovana Nolli FURB
  • Ilse Maria Beuren Professora do Programa de Pós-graduação em Contabilidade da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

DOI:

https://doi.org/10.17524/repec.v14i3.2568

Palavras-chave:

Objetivos da cooperação. Práticas de gestão da cooperação. Escopo de transação. Desempenho da cooperação interfirmas.

Resumo

Objetivo: Este estudo analisa o efeito das práticas de gestão da cooperação e do escopo de transação na relação entre os objetivos da cooperação e o desempenho da cooperação em empresas da indústria têxtil.

Método: Uma survey foi realizada em empresas da indústria têxtil brasileira, tendo como amostra os 93 gestores respondentes da pesquisa. Para análise das hipóteses aplicou-se a técnica de modelagem de equações estruturais.

Resultados: Os resultados da pesquisa mostram que os respondentes avaliaram a cooperação como estrategicamente importante. Porém, para alcançar os objetivos pretendidos com a aliança estratégica é necessário que as práticas de gestão da cooperação e o escopo de transação estejam alinhados. A relevância estratégica da cooperação impactou positivamente no desempenho da cooperação, quando associada ao compartilhamento de informações, à interação entre os parceiros e às atividades desenvolvidas entre os parceiros da cooperação.

Contribuições: O estudo contribui para a literatura e a prática das empresas ao associar construtos da cooperação voltados à estratégia para a competitividade com o desempenho da cooperação interfirmas. Os resultados revelaram que quanto maior a interação dos envolvidos, o compartilhamento de informações e as atividades desenvolvidas na cooperação interfirmas, maior será a associação entre os objetivos e o desempenho da cooperação.

Biografia do Autor

Jessica Giovana Nolli, FURB

Mestre em Ciências Contábeis pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Regional de Blumenau – FURB.

E-mail: jessicanolli@hotmail.com

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7031-3908

Ilse Maria Beuren, Professora do Programa de Pós-graduação em Contabilidade da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

Doutora em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (FEA/USP)

Professora do Programa de Pós-graduação em Contabilidade da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

E-mail: ilse.beuren@gmail.com

ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4007-6408  

Referências

Anderson, E. (1990). Two firms, one frontier: On assessing joint venture performance. MIT Sloan Management Review, 31(2), 19-30.
Anderson, S. W., & Dekker, H. C. (2014). The role of management controls in transforming firm boundaries and sustaining hybrid organizational forms. Foundations and Trends® in Accounting, 8(2), 75-141. doi: 10.1561/1400000032
Balestrin, A., Verschoore, J. R., & Reyes Jr, E. (2010). O campo de estudo sobre redes de cooperação interorganizacional no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, 14(3), 458-477. doi: 10.1590/S1415-65552010000300005
Bruno, F. D. S. (2016) A quarta revolução industrial do setor têxtil e de confecção: a visão de futuro para 2030. São Paulo: Estação das Letras e Cores.
Centenaro, A., & Laimer, C. G. (2017). Relações de cooperação e a competitividade no setor supermercadista. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 19(63), 65-81. doi: 10.7819/rbgn.v0i0.3070
Contractor, F. J., & Lorange, P. (1988). Why should firms cooperate? The strategy and economics basis for cooperative ventures. In: Contractor, F. J., & Lorange, P. (eds.). Cooperative strategies in international business (pp. 3-30). Lexington, MA: Lexington Books.
Corsten, D., Gruen, T., & Peyinghaus, M. (2011). The effects of supplier-to-buyer identification on operational performance—An empirical investigation of inter-organizational identification in automotive relationships. Journal of Operations Management, 29(6), 549-560. doi: 10.1016/j.jom.2010.10.002
Das, T. K., & Teng, B.-S. (1998). Between trust and control: developing confidence in partner cooperation in alliances. Academy of Management Review, 23(3), 491-512. doi: 10.5465/amr.1998.926623
Dekker, H. C. (2016). On the boundaries between intrafirm and interfirm management accounting research. Management Accounting Research, 31(4), 86-99. doi: 10.1016/j.mar.2016.01.001
Dekker, H. C., Ding, R., & Groot, T. (2016). Collaborative performance management in interfirm relationships. Journal of Management Accounting Research, 28(3), 25-48. doi: 10.2308/jmar-51492
Dekker, H., Donada, C., Mothe, C., & Nogatchewsky, G. (2019). Boundary spanner relational behavior and inter-organizational control in supply chain relationships. Industrial Marketing Management, 77, 143-154. doi: 10.1016/j.indmarman.2018.11.010
Dekker, H., Sakaguchi, J., & Kawai, T. (2013). Beyond the contract: managing risk in supply chain relations. Management Accounting Research, 24(2), 122-139. doi: 10.1016/j.mar.2013.04.010
Deustch, M. (2011). Cooperation and competition. In: Deutsch, M. Conflict, interdependence, and justice (pp. 23-40). New York: Springer.
Dias, M. D. C. (2018). Inovação, aprendizagem e cooperação na cadeia de suprimento têxtil da região de Americana/SP. Gestão & Regionalidade, 34(100), 127-148. doi: 10.13037/gr.vol34n100.3613
Ding, R., Dekker, H. C., & Groot, T. (2013). Risk, partner selection and contractual control in interfirm relationships. Management Accounting Research, 24(2), 140-155. doi: 10.1016/j.mar.2013.04.007
Eiriz, V. (2001). Proposta de tipologia sobre alianças estratégicas. Revista de Administração Contemporânea, 5(2), 65-90. doi: 10.1590/S1415-65552001000200004
Faul, F., Erdfelder, E., Buchner, A., & Lang, A. G. (2009). Statistical power analyses using G* Power 3.1: Tests for correlation and regression analyses. Behavior Research Methods, 41(4), 1149-1160. doi: 10.3758/BRM.41.4.1149
Fornell, C., & Larcker, D. F. (1981). Structural equation models with unobservable variables and measurement error: algebra and statistics. Journal of Marketing Research, 18, 39-50. doi: 10.1177/002224378101800313
Gibbon, A. R. D. O. (2002). A gestão estratégica de custos de suprimento na perspectiva da cadeia de valor: O caso de uma empresa da indústria têxtil. 2002. 118f. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
Grafton, J., Lillis, A. M., & Widener, S. K. (2010). The role of performance measurement and evaluation in building organizational capabilities and performance. Accounting, Organizations and Society, 35(7), 689-706. doi: 10.1016/j.aos.2010.07.004
Groot, T. L., & Merchant, K. A. (2000). Control of international joint ventures. Accounting, Organizations and Society, 25(6), 579-607. doi: 10.1016/S0361-3682(99)00057-4
Hayes, A. F. (2009). Beyond Baron and Kenny: Statistical mediation analysis in the new millennium. Communication monographs, 76(4), 408-420. doi: 10.1080/03637750903310360
Hair Jr, J. F.; Black, W. C.; Babin, B. J.; Anderson, R. E.; Tatham, R. L. A primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). California: Sage Publications, 2014.
Ireland, R. D., Hitt, M. A., & Vaidyanath, D. (2002). Alliance management as a source of competitive advantage. Journal of Management, 28(3), 413-446. doi: 10.1016/S0149-2063(02)00134-4
Ittner, C. D., Larcker, D. F., Nagar, V., & Rajan, M. V. (1999). Supplier selection, monitoring practices, and firm performance. Journal of Accounting and Public Policy, 18(3), 253-281. doi: 10.1016/S0278-4254(99)00003-4
Kalaignanam, K., Shankar, V., & Varadarajan, R. (2007). Asymmetric new product development alliances: win-win or win-lose partnerships? Management Science, 53(3), 357-374. doi: 10.1287/mnsc.1060.0642
Kaplan, R. S., Norton, D. P., & Rugelsjoen, B. (2010). Managing alliances with the balanced scorecard. Harvard Business Review, 88(1), 114-120.
Khanna, T., Gulati, R., & Nohria, N. (1998). The dynamics of learning alliances: competition, cooperation, and relative scope. Strategic Management Journal, 19(3), 193-210. doi: 10.1002/(SICI)1097-0266(199803)19:3<193::AID-SMJ949>3.0.CO;2-C
Kogut, B. (1988). A study of the life cycle of joint ventures. Management International Review, 28(4), 39-52.
Langfield-Smith, K., & Smith, D. (2003). Management control systems and trust in outsourcing relationships. Management Accounting Research, 14(3), 281-307. doi: 10.1016/S1044-5005(03)00046-5
La Rovere, R., Hasenclever, L., Melo, L. M. (2001). Dinâmica da inovação na indústria têxtil e de confecções de Nova Friburgo, RJ. In: Tironi, L. F. (Org.). Industrialização descentralizada: sistemas industriais locais (pp. 338-415). Brasília: Ipea.
Li, P., Tang, G., Okano, H., & Gao, C. (2013). The characteristics and dynamics of management controls in IJVs: Evidence from a Sino-Japanese case. Management Accounting Research, 24(3), 246-260. doi: 10.1016/j.mar.2013.04.002
Lunnan, R, & Haugland, S. A. (2008). Predicting and mea- suring alliance performance: A multidimensional analysis. Strategic Management Journal, 29(5), 545-556. doi: 10.1002/smj.660
Mahama, H. (2006). Management control systems, cooperation and performance in strategic supply relationships: A survey in the mines. Management Accounting Research, 17(3), 315-339. doi: 10.1016/j.mar.2006.03.002
May, M. A., & Doob, L. W. (1937). Competition and cooperation. New York: Social Science Research Council.
Meira, J., Kartalis, N., Tsamenyi, M., & Cullen, J. (2010). Management controls and inter‐firm relationships: a review. Journal of Accounting & Organizational Change, 6(1), 149-169. doi: 10.1108/18325911011025731.
Mishra, A., Chandrasekaran, A., & MacCormack, A. (2015). Collaboration in multi-partner R&D projects: The impact of partnering scale and scope. Journal of Operations Management, 33/34, 1-14. doi: 10.1016/j.jom.2014.09.008.
Mouritsen, J., Hansen, A., & Hansen, C. Ø. (2001). Inter-organizational controls and organizational competencies: episodes around target cost management/functional analysis and open book accounting. Management Accounting Research, 12(2), 221-244. doi: 10.1006/mare.2001.0160.
Oxley, J. E., & Sampson, R. C. (2004). The scope and governance of international R&D alliances. Strategic Management Journal, 25(8‐9), 723-749. doi: 10.1002/smj.391
Reuer, J. J., & Ariño, A. (2007). Strategic alliance contracts: dimensions and determinants of contractual complexity. Strategic Management Journal, 28(1), 313-330. doi: https://doi.org/10.1002/smj.581
Varadarajan, P. R., & Cunningham, M. H. (1995). Strategic alliances: a synthesis of conceptual foundations. Journal of the Academy of Marketing Science, 23(4), article 282. doi: 10.1177/009207039502300408
Wilson, K., & Barbat, V. (2015). The supply chain manager as political-entrepreneur?. Industrial Marketing Management, 49(6), 67-79. doi: 10.1016/j.indmarman.2015.05.034.
Wu, C. W. (2015). Antecedents of franchise strategy and performance. Journal of Business Research, 68(7), 1581-1588. doi: 10.1016/j.jbusres.2015.01.055

Publicado

01-10-2020

Como Citar

Nolli, J. G., & Beuren, I. M. (2020). Objetivos e Desempenho da Cooperação Interfirmas Efeitos das Práticas de Gestão da Cooperação e do Escopo de Transação. Revista De Educação E Pesquisa Em Contabilidade (REPeC), 14(3). https://doi.org/10.17524/repec.v14i3.2568

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)